Desemprego elevou abertura de microempresas no país em 2015
22/02/2016
O Brasil registrou a criação de quase dois milhões de empresas no ano passado e 75% delas, ou 1,5 milhão, são de microempreendedores individuais (MEI), segundo dados da Serasa Experian divulgados hoje. Para a empresa, esse alto percentual de MEIs, o maior da série histórica da pesquisa, foi gerado por dois motivos: aumento do desemprego e incentivos fiscais dados a quem formaliza sua atividade. A recessão, diz a Serasa, incentivou trabalhadores demitidos a buscar formas alternativas de geração de renda, o que se reflete na criação de microempresas.
De acordo com a Serasa, 1,963 milhão de novas empresas surgiram no Brasil no ano passado, aumento de 5,3% ante 2014, quando 1,865 milhão foram abertas. Do total, 1,491 milhão são MEIs, ou 76,9% do total. Em 2014, 72% (ou 1,342 milhão) eram MEIs. Assim, a abertura de novos microempreendimentos individuais cresceu 11%.
Em 2015, 198 mil sociedades limitadas foram criadas, formando 10,1% do total de novas empresas abertas. Em seguida veem 168 mil empresas individuais (8,5% do total) e 106 mil (5,4%) empresas de outras naturezas jurídicas.
A proporção de MEIs cresce desde o início da série histórica da pesquisa, em 2010, tendo passado de 49% do total de novos empreendimentos naquele ano, para 75,9% em 2015. Essa figura jurídica foi criada em 2009 a fim de reduzir a informalidade no país. Ao aderir ao sistema, o empreendendor passa a ter direitos previdenciários, como aposentadoria e licençamaternidade.
Ainda de acordo com a Serasa, o setor de serviços continua atraindo a maior quantidade de novas empresas. Em 2015, 61% das novas companhias era desse setor, comércio ficou com 30,5% do total e, indústria, 8,2%.
Entre as atividades, o comércio de roupas atraiu a maior parcela de novos empreendedores (8,5%), seguido por serviços de alimentação (8,1%), reparação e manutenção de prédios e instalações elétricas (7,2%), serviços de higiene e beleza (6,7%), entre outros.
Fonte: VALOR ECONÔMICO