Em época de juros altos, consórcio vira opção para quem quer investir
15/08/2016
O momento da situação econômica no Brasil ainda não é fácil para quem pretende comprar um carro ou uma casa. Os juros estão altos e conseguir crédito está mais complicado. Por causa disso, os consórcios têm sido uma opção para quem não tem pressa. Recentemente a Caixa Econômica Federal aumentou os juros para financiamentos de imóveis.
Muitos bancos seguiram esse reajuste, tanto para carros como para imóveis, já que a Caixa é o principal financiador de imóveis no país.
A elevação também assustou o vendedor Adriano Desidério Marques. Em vez de entrar num financiamento, ele fez um consórcio. “Hoje para você financiar um imóvel ou um carro, num banco aí, eu tentei e a diferença é muito grande hoje você vai pagar dois, quase três imóveis pegando emprestado”, diz o vendedor.
Se as taxas de juros têm assustado os compradores, as administradoras de consórcios têm aproveitado o momento. O crescimento de participantes foi comprovado pela Abac, que é a Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios. Os consórcios de veículos leves é um exemplo dessa procura. De acordo com a Abac, o número de participantes de consórcio do setor de veículos leves cresceu 8,7% nos últimos 17 meses, de janeiro de 2015 a maio de 2016. E não importa o valor do veículo. Alyson Chagas é gerente de vendas de uma concessionária de carros de luxo em (SP) e que tem consórcio próprio. Ele diz que o consórcio tem sido uma ferramenta importante para manter as vendas em um bom número. “Os clientes hoje têm procurado o consórcio, o cliente tem se programado e também para compra imediata, o consórcio tem sido uma ideia muito legal, e vendido bastante porque é um investimento que o cliente faz sem se desfazer de um valor alto”, afirma.
O gerente diz que a média de venda de carros por mês é de 20 durante a crise, sendo que antes era de 34, em média. O consórcio tem muitas vantagens, mas é preciso ficar atento. O consultor financeiro Rafael Elídio dos Santos recomenda que as pessoas procurem empresas reconhecidas e sempre verifiquem se o consórcio tem registro no Banco Central. Nos consórcios, o contemplado continua pagando as prestações até o final do contrato.
A não ser que ele resolva abater todo o débito de uma vez. Para quem não tem pressa, essa também é uma maneira de poupar dinheiro. “O consórcio é uma forma de fazer uma poupança. Para pessoas que são indisciplinadas em poupar, quando você faz um consórcio como não tem a incidência de juros, você vai estar fazendo na verdade uma poupança. Todo mês vai ter uma assembleia, nessa assembleia são feitos sorteios e se você for comtemplado você retira a carta de crédito total”, afirma. Em uma empresa de Rio Preto, a procura por consórcio aumentou 45%. Além de imóveis, muita gente também contrata esse serviço para comprar ou trocar de carro. “O cliente hoje, pelo consórcio, ele consegue tirar um veículo, ou adquirir ou trocar com quase a metade da parcela de um financiamento”, afirma o gerente comercial Daniel Soares.
Fonte: JORNAL FLORIPA